
A nebulosa M42, também chamada NGC 1976 (onde M e NGC referem-se a dois dos mais conhecidos catálogos de astros celestes), mais conhecida como Nebulosa de Órion por se situar justamente na constelação de Órion quando observada da Terra, é uma das nebulosas mais famosas e também uma das mais estudadas por astrônomos e fotografadas por amantes do céu.
A M42 é uma nebulosa de emissão [ver artigo Nebulosas], ou seja, é uma nuvem de gás ionizado. Nessa região ocorre intensa formação estelar. Ela possui uma temperatura média de 70 K, ou seja, -203,15 °C, e apresenta um diâmetro de aproximadamente 24 anos-luz (≈ 2.27x1014 km)! A uma distância de aproximados 1300 anos-luz [ver artigo Ano-Luz] da Terra, ela é visível a olho nu, como um ponto brilhante próximo às estrelas popularmente chamadas de Três Marias (o “cinturão” da constelação de Órion).
Foi a partir dessa nebulosa que os astrônomos obtiveram informações valiosas sobre a formação estelar e planetária a partir da colisão de nuvens de poeira. Também foi observado em seu interior regiões com discos protoplanetários (um disco de gás que futuramente pode vir a formar planetas, daí o prefixo "proto") e anãs marrons (uma “estrela fracassada”, ou "que não deu certo", um astro que se situa na transição entre os planetas gigantes gasosos e estrelas com baixo valor de massa).
Curiosidade: antes de ser descoberta por Nicolas-Claude Fabri de Peiresc, a Nebulosa de Órion era considerada uma estrela, e era chamada de θ Orionis (θ é o símbolo da letra grega teta).
- 12/03/2025 06:51
- Autor: Lucas Batista
- Astronomia