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Para dar início ao assunto em questão, é importante ter em mente as evidências históricas da origem comum dos continentes. Mas o que isso tem a ver com o fundo do oceano? Primeiramente, a ideia que permeava as antigas épocas era a de que o fundo dos oceanos era apenas uma planície regular com alguns picos. Há registros históricos de que a primeira evidência de ter sido mencionada a suposta gênese continental se deu em meados do século XVII com o filósofo inglês Francis Bacon.

Contudo, foi somente no século XX com o cientista alemão Alfred Wegener que nasceu a Teoria da Deriva Continental, consistindo basicamente na concepção de que os continentes estiveram juntos em um megacontinente (o qual Wegener o denominou de Pangeia - em que Pan significa todo  e Gea, Terra) e se separaram. Segundo ele, havia um perfeito encaixe entre a costa leste da América do Sul e oeste da África, mas não se sabia o mecanismo que fazia os continentes se moverem. Vários indícios, como a origem comum de fósseis vegetais e animais encontrados em continentes que supostamente estiveram juntos, bem como a topografia e geologia, davam suporte à sua teoria, que foi comprovada e retrabalhada décadas após a sua morte.

Isso só foi possível devido à Segunda Guerra Mundial e às necessidades que ela impôs, tendo como exemplo a instalação de telégrafos submarinos, levando à elaboração de mapas detalhados do assoalho oceânico, por exemplo, a batimetria. E o que se descobriu foi um relevo marinho com fossas, fendas e cadeias montanhosas. A constatação da presença da dorsal meso-oceânica foi de grande valia, uma vez que foi admitido que a ruptura existente no fundo oceânico representava uma divisão da crosta, que produzia a separação dos continentes.

Imagem - aquisição de dados batimétricos

Por vários métodos utilizados na época, dentre aqueles que podem ser utilizados para datação de rochas, foi descoberto que aquelas mais próximas à cadeia montanhosa eram mais jovens e as mais afastadas, mais antigas. Além disso, foi possível constatar que o magma extravasado no fundo do oceano, ao se solidificar, apresentava propriedades magnéticas devido aos minerais do qual é constituído. Outrossim, constatou-se ainda que esse material guarda a direção e a intensidade que o campo magnético terrestre apresentava na época em que ele saiu.

Assim sendo, devido aos dados obtidos verificou-se que a cada certo intervalo de tempo o campo magnético terrestre inverte sua polaridade, apresentando em ambos os lados da cadeia uma simetria do registro do “magnetismo fóssil” da Terra. E o padrão zebrado observado seriam as faixas com rochas de polaridade normal e reversas pintadas de branco e preto, respectivamente, sendo denominado de padrão zebrado do assoalho oceânico.

 

Fonte da imagem:

http://www.notapositiva.com/old/pt/trbestbs/geologia/12_modelo_expansao_oceanicos_d.htm

 

Bibliografia:

“Decifrando a Terra” - Press, Siever, Grotzinger e Jordan