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Rochas Metamórficas

As rochas podem mudar no decorrer do tempo geológico, tanto na composição química quanto na aparência e textura, por meio de metamorfismo. As rochas metamórficas surgem a partir da transformação de outras rochas existentes, como as rochas ígneas, sedimentares e até mesmo das próprias rochas metamórficas.  

A rocha original é chamada de protólito, que é a denominação dada na Geologia à rocha a partir da qual, por processos geológicos variados, transformou-se numa nova rocha. Uma nova rocha é formada como resultado de vários processos geológicos (incluindo metamorfismo). 

 

Existem fatores que controlam o metamorfismo, são eles:  

Tempo: as condições metamórficas variam de forma rápida (como por exemplo pelo metamorfismo de contato) até suficientemente lentas, para que as reações metamórficas se completem. Estudos geocronológicos e modelagens teóricas baseadas em regimes termais atuantes na crosta mostram, para terrenos metamórficos, eventos de 10 a 50 Ma (unidade de Mega anos, ou seja, 1 Mega ano = 1 milhão de anos) de duração.  

Natureza do protólito: as características mineralógicas, químicas, texturais e estruturais da rocha percussora são determinantes para o desenvolvimento das feições adquiridas no metamorfismo.  

Temperatura: gera recristalizações e formação de novos minerais.  

Pressão litostática ou confinante: por efeito da carga da rocha suprajacente, que gera compactação. Está também relacionada à profundidade da rocha na crosta. 

Pressão dirigida: não litostática, causada por esforços tectônicos, que gera deformação nas rochas e a orientação de minerais.  

Fluído (ex. H2O): age como um catalizador durante o metamorfismo.

 

 

O metamorfismo pode ser classificado de acordo com o principal agente ou agentes de metamorfismo, área de abrangência e ambiente geotectônico sob os seguintes nomes: 

Metamorfismo de Contato: esse metamorfismo está relacionado ao posicionamento de corpos ígneos a profundidades crustais rasas. O corpo ígneo quente em contato com as rochas à sua volta (rochas encaixantes) possibilita a troca de calor, dando origem a uma zona de rochas metamórficas ao longo da borda do corpo. Este tipo de metamorfismo é de distribuição geográfica restrita. Frequentemente, neste tipo de metamorfismo forma-se uma auréola de metamorfismo, caracterizada por composição mineralógica distinta.   

Metamorfismo Dinâmico: esse tipo de metamorfismo é caracterizado por alta pressão e temperaturas que podem variar de baixas a altas. É associado a zonas de falhas ou cisalhamentos, onde blocos crustais são pressionados uns contra os outros. A área de abrangência deste tipo de metamorfismo é função direta da intensidade do falhamento, podendo afetar rochas de composição e origem distintas. Causa fragmentação e orientação de minerais.   

 

 Metamorfismo Regional: é caracterizado pela atuação equilibrada da temperatura, pressão litostática, pressão dirigida e tempo. Pelo fato de atingir grandes áreas recebe a denominação de regional, e pelo fato de estar ligado a colisões de placas e formação de cadeias de montanha, também é chamado orogenético (oro é o sufixo que significa orografia ou topografia). Este tipo de metamorfismo sempre é acompanhado por deformação e dobramento, uma vez que se associa ao encontro de placas (colisões) que geram cadeias de montanhas. Desta forma, normalmente as rochas geradas possuem orientação planar ou linear. De acordo com o ambiente tectônico, ocorrem diferentes tipos de metamorfismo, sendo o de maior pressão na zona de subducção. 

 

 

Como referenciar este conteúdo:  

SILVA, Carolina Nunes da. Rochas Metamórficas. Jovem Explorador, 30 jul. 2021. Disponível em: metamorficas>.

 

 

 

Fontes consultadas:   

 

TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M.; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. (Org.). Decifrando a Terra. 2. ed., São Paulo: Oficina de Textos, 2009. 623p.