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Desde o início da Revolução Industrial, a indústria baseada em carbono se estabeleceu como a principal impulsionadora do aquecimento global. A queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, para alimentar o crescimento econômico e a produção industrial, liberou quantidades massivas de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa na atmosfera. Há décadas, reforça-se a necessidade de migrar para fontes de energia e práticas industriais mais sustentáveis como meio de mitigação das mudanças climáticas.

Para beneficiar um cenário mais otimista, as matrizes energéticas no Brasil e no mundo estão seguindo uma tendência clara para a neutralização do carbono. Em especial, as fontes solar fotovoltaica e eólica vão crescer significantemente segundo estimativas para as próximas décadas, mesmo com o aumento dos padrões de vida e uma população maior. Nessas projeções futuras, os combustíveis fósseis ainda têm uma presença forte no setor de transportes. Entretanto, com novas estratégias de popularização, veículos elétricos e combustíveis alternativos têm o potencial de reduzir a dependência dos combustíveis fósseis associada à mobilidade.

Ao mesmo tempo que essas evoluções na indústria são feitas, o avanço das mudanças climáticas prejudica as fontes de energia mais limpa, surgindo, portanto, a necessidade de uma adaptação climática. Em 2020, 87% da eletricidade global gerada por sistemas térmicos, nucleares e hidrelétricos dependia diretamente da disponibilidade de água. No Brasil, pela forte presença de hidrelétricas, as áreas de alto estresse hídrico são preocupantes. Outro ponto é que as desigualdades econômicas dos países que afetam possíveis melhoras nas fontes de energia mundiais. Nos países africanos, cujo continente contém 60% dos melhores recursos solares do mundo, há apenas 1% da capacidade fotovoltaica instalada.

Pode-se dizer que a mudança para fontes de energia sustentáveis está em ascensão, apesar dos desafios, e irá gerar resultados positivos para o ambiente e a humanidade. Enquanto avançamos em direção a um futuro com baixas emissões, a busca por soluções justas e eficazes continua essencial.

 

 

Como referenciar este conteúdo:

BRAZ, Laura H. T. Novas fontes de energia no combate às mudanças climáticas. Jovem Explorador, 26 ago. 2023. Disponível em: . 

 

 

Fontes consultadas:  

ELETRICIDADE com energia limpa precisa dobrar até 2030 para limitar aquecimento global. UN News, 11 out. 2022. Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 23.

MACHADO, Nayara. Como será a energia da América Latina em 2050?. PIM Amazônia, 21 out. 2022. Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 23.