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De sedimento em sedimento, um tipo de rocha!

 As rochas sedimentares são formadas através da deposição, cimentação e consolidação de fragmentos de rochas pré-existentes, chamados de sedimentos, que podem ser de origem inorgânica ou orgânica. Elas são classificadas em função das características de seus constituintes, tamanho, composição e origem. Dessa maneira, existem três tipos de rochas sedimentares, descritas a seguir. 

As rochas sedimentares clásticas são formadas a partir da acumulação de materiais resultantes dos processos erosivos de rochas preexistentes e transportados em forma de partículas. Os principais componentes dessas rochas sedimentares são minerais de argila e quartzo, sendo exemplos de rochas clásticas o arenito e o conglomerado. As partículas clásticas são fragmentos de rocha fisicamente transportados e produzido pelo intemperismo de outras rochas. As correntes de água, vento e o gelo carregam esses produtos sólidos para os oceanos e, às vezes, depositam-nos ao longo do caminho, abrindo espaço para que os processo de formação desse tipo de rocha ocorra, através da diagênese e litificação. 

Rocha sedimentar química e/ou biogênica: rocha oriunda de sedimentos químicos como “resultado” de processos químicos, e/ou rocha oriunda de restos de animais; 

Os produtos dissolvidos pelo intemperismo são íons ou moléculas em solução nas águas dos solos, rios, lagos e oceanos. Essas substâncias dissolvidas são precipitadas a partir de reações químicas e bioquímicas. Em contraste com as rochas clásticas, as rochas sedimentares biogênicas são formadas por materiais gerados por organismos vivos, como corais e moluscos, que cobrem o fundo do oceano com camadas de calcita (mineral de carbonato de cálcio) que pode, mais tarde, formar calcários.  Os sedimentos bioquímicos constituem-se de minerais não-dissolvidos de restos de organismos, bem como de minerais precipitados pelos processos biológicos. Já os sedimentos químicos (provindos do intemperismo químico) formam-se próximo ao local de sua deposição, geralmente na água de um rio ou mar, por encontrar-se dissolvido. A distinção entre esses dois tipos de sedimentos é feita somente por conveniência, pois, na prática, muitos sedimentos químicos e bioquímicos sobrepõem-se durante seu transporte.   

De maneira mais prática, no oceano os sedimentos bioquímicos são constituídos de conchas de alguns tipos de organismos. Essas conchas são compostas principalmente de calcita. Como esse tipo de sedimento acumula-se em águas muito profundas, onde a agitação por correntes que transportam sedimentos é rara, as conchas dificilmente formam sedimentos bioclásticos. Ao mesmo passo, outros sedimentos químicos formam-se por processos inorgânicos. Por exemplo, a evaporação da água do mar leva à precipitação de camadas sedimentares composta por halita (sal de cozinha).   

Concluindo, as rochas sedimentares químicas são resultantes de materiais que são transportados em solução até lagos e mares. Estes materiais não permanecem em solução na água e acabam por sofrer uma precipitação depositando-se como sedimentos. Essa precipitação pode ter uma origem inorgânica (gerando por exemplo, o evaporito), mas também pode ser o resultado de processos orgânicos (formando uma rocha sedimentar química e biológica ao mesmo tempo). O calcário é a rocha sedimentar bioquímica mais comum, composta essencialmente pelo mineral calcita e formada por processos tanto inorgânicos como orgânicos. 

 


Como referenciar este conteúdo:  

SILVA, Carolina Nunes da. Classificação das Rochas Sedimentares. Jovem Explorador, 10 jul. 2021. Disponível em: classificacao-rocha-sedimentar>. 

 

 

 

 

Fontes consultadas:   

ALMEIDA, Regis Rodrigues de. Intemperismo. Brasil Escola. Disponível em: . Acesso em: 29  de jun. de 2021.  

GANDINI, Rosana. Rochas Sedimentares. Infoescola. Disponível em: Acesso em: 25 de jun. 2021.  

JESUS, Fernando Soares de. Intemperismo: físico, químico e biológico. Geografia Opnativa, 3 de fev. 2017. Disponível em: . Acesso em: 28 de jun. 2021.  

 

SANTOS, Michele. Rochas Sedimentares. iGeologico, 30 de mar. 2018. Disponível em: . Acesso em: 25 de jun. 2021.