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Tente escapar. Morra tentando. Ao menos uma vez na vida todos nós já nos imaginamos como seria estar à beira de um Buraco Negro, seja por meio dos filmes, da literatura, músicas, ou mesmo de outras formas. O fato é, já temos uma ideia do que são esses fascinantes objetos astronômicos.

            Os Buracos Negros muitas vezes são erroneamente compreendidos como grandes buracos no espaço, mas na verdade, eles são corpos maciços com uma massa tão grande que acabam por aprisionar qualquer coisa que adentrar em seu campo gravitacional, e isso inclui a luz: é por isso que são totalmente escuros! (Percebe a “gravidade” da situação?) Colocando em termos relativísticos, os Buracos Negros seriam deformações do tempo-espaço tendendo ao infinito. Mas como eles são formados?

            Buracos Negros são divididos basicamente em dois tipos, os Estelares e os Supermassivos. Os estelares, nada mais são do que o estágio final da evolução estelar de estrelas supermassivas (acima de quinze massas solares, aproximadamente 30x1030Kg, algo em torno de 20.000.000.000 de caminhões!), que após a sua fase de supergigante vermelha, explode em uma supernova e depois colapsa em si mesma, ou seja, comprime toda a sua massa em um único ponto.

            Além desses, existem os Supermassivos, que estão presente no centro de cada galáxia, inclusive na nossa. Não se sabe ao certo a origem desses objetos, mas acredita-se que foram formados juntos com as galáxias. A massa desses buracos negros chega a ser colossal, possuindo na média mais de um milhão de massas solares. No centro da Via Láctea, o buraco negro presente é chamado de Sagittarius A*, e possui massa de aproximadamente quatro milhões de sóis.

            Mas como eles são observados, se eles são totalmente escuros? Realmente, é impossível observar diretamente um buraco negro, mas é possível observar as estrelas que o orbitam e dessa forma estudar os seus movimentos sob efeito gravitacional do BN. Às vezes, a gravidade é tão forte, que puxa os gases da estrela, que espiralam até o centro, formando assim o que chamamos de disco de acreção, e esse gás é aquecido a temperaturas muito altas. Dessa maneira, os BN acabam emitindo ondas de raio-x, que podem ser observadas a partir de telescópios especializados.

 

            Curiosidade: O que aconteceria se substituíssemos o Sol por um Buraco Negro de mesma massa? Em termos gravitacionais, nada, ou seja, todas as órbitas permaneceriam exatamente iguais. No entanto, sem a radiação solar, a vida na Terra seria extinta em muito pouco tempo.