Muitas pessoas, até mesmo cientistas, costumam confundir o que é um maremoto e um tsunami, achando que são sinônimos. Apesar de se tratar do mesmo efeito, responsável por criar uma ou mais ondas gigantes quanto ao comprimento, são dois fenômenos diferentes. Na etmologia das palavras, Maremoto vem do latim “mare”, que quer dizer mar, e “motos”, que significa movimento. Tsunami vem do japonês “tsu”, que significa porto, e “nami”, que quer dizer onda. A partir daí, já podemos presumir a diferença entre os dois fenômenos: o maremoto ocorre em poços oceânicos (fossas), e é causado por conta da ação de vulcões, em explosões que liberam gases acumulados no fundo do oceano, deslizamentos submersos e movimentações e choques na crosta terrestre resultantes de terremotos no fundo do mar. Toda esta atividade gera turbulências e grande movimentação de água, que é então capaz de produzir ondas de grande porte, que se deslocam verticalmente. Já o tsunami é uma resultante, que pode ocorrer a partir do maremoto, ou seja, é uma consequência dele.  

As ondas que são geradas por meio de um maremoto podem atingir mais de 30 metros de altura e podem ser consideradas um tsunami, caso também tenham mais de 100 quilômetros de extensão e durem em torno de 1 hora (uma onda normal no oceano tem aproximadamente 100 metros de comprimento e duração de 10 segundos). Um tsunami praticamente não é sentido por navios em alto mar. Entretanto, tem o potencial de se tornar uma onda cada vez maior e mais forte conforme se aproximam de áreas rasas. O fenômeno que ocorre aqui é semelhante a “frear” algo que esta em alta velocidade: o tsunami é impulsionado “com tudo” para frente ao tocar a costa litorânea, ganhando uma força com alto poder destrutivo.