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O que é o que é, em que o magma se transforma quando resfriado?

 

Os petrólogos, geólogos responsáveis pelo estudo das rochas, usam dois termos para se referir ao estado em que a rocha se encontra derretida: 

Magma, que descreve uma mistura de massa mineral pastosa em estado fundido, que contém fragmentos de cristais, situada em profundidade dentro da crosta terrestre, cujos movimentos são determinados por fenômenos vulcânicos e que, ao ser resfriado, cristaliza-se.  

Fluído Magmático, que refere-se apenas ao material do magma em estado fluido, livre de quaisquer sólidos (cristais) que possam estar suspensos ou ligados a ele.   

As rochas ígneas são resultado da solidificação do magma – e por isso também são conhecidas como Rochas Magmáticas. Elas são formadas em altas temperaturas, dentro da crosta terrestre, em diversas profundidades ou até mesmo fora. A palavra "ígnea" vem do latim "ignis" e significa "fogo". Sua formação através da solidificação do magma ocorre tanto no interior da Terra, como, ocasionalmente, na superfície terrestre através da erupção de vulcões, em que o magma é ejetado para fora e rapidamente se transforma em rocha, com o decaimento da temperatura do magma (que nesse caso, na verdade, pode ser chamado de lava). Também tem como uma rocha pré-existente, de outro tipo, se transformar em uma rocha ígnea, caso a mesma seja submeta a altas temperaturas e pressão, alcançando o limite ígneo.   

Como as formações geológicas ígneas são resistentes, e por consequência têm alta dureza (por causa das condições físicas em que foram formadas), sua composição não permite o acúmulo de matéria fóssil e orgânica, como é o caso das rochas sedimentares.    

Se considerarmos todo o volume da crosta terrestre, podemos concluir que quase 80% de sua composição é composta por rochas ígneas, o que nos mostra a necessidade de se estudar e conhecer esse tipo de rocha. As rochas ígneas são muito utilizadas na extração de minérios, uma das mais importantes atividades econômicas do século.   

A diferença das rochas ígneas em relação às demais - metamórficas e sedimentares, além de sua formação, é a textura, que é influenciada pelo processo de resfriamento do magma e em qual lugar (profundidade) ocorreu.  

As rochas ígneas que são formadas a partir do arrefecimento do magma no interior da crosta, nas partes profundas da litosfera, sem contato com a superfície, são chamadas de plutônicas (intrusivas ou abissais). O termo rocha­­­ plutônica refere-se a rochas ígneas com uma textura fanerítica, isto é, uma rocha de granulação relativamente grossa (> 3 mm). As rochas plutônicas se cristalizam dentro da crosta terrestre se resfriando muito lentamente por estarem em um ambiente aquecido pelo gradiente geotérmico, e por perderem calor muito lentamente. Estas condições permitem o crescimento de seus cristais (minerais), que chegam a centímetros de tamanho. Como regra geral, as rochas plutônicas se caracterizam por possuírem minerais que podem ser individualizados e vistos a olho nu. Já as rochas ígneas consolidadas próximo ou na superfície terrestre são chamadas de extrusivas ou vulcânicas. O termo rocha vulcânica se refere a rochas ígneas com uma textura afanítica, isto é, uma rocha de granulação relativamente fina ou muito fina (< 1 mm). As rochas vulcânicas se cristalizam próximo à superfície, fazendo com que as mesmas percam calor muito rapidamente, o que não permite um crescimento muito expressivo de seus minerais. Como regra geral, dizemos que, em uma rocha vulcânica, os minerais só são visíveis com o uso de uma boa lupa ou microscópio. Dessa maneira, podemos diferenciar uma rocha formada em ambiente plutônico ou vulcânico: pelo tamanho predominante de seus cristais. 

 


 

Como referenciar este conteúdo:  

SILVA, Carolina Nunes da. Rochas Ígneas, Jovem Explorador, 30 mar. 2021. Disponível em: blog_rocha-ignea>.

 

 

 

Fontes consultadas:    

GILL, Robin. Rochas e processos ígneos: Um guia prático. Porto Alegre: Bookman, 2014.  

PENA, Rodolfo Alves. Rochas Ígneas. Mundo Educação. Disponível em: . Acesso em: 22 mar. 2021.   

PRESS, F.; GROTZINGER, J.; SIEVER, R.; JORDAN, T. H. Para Entender a Terra. Tradução: MENEGAT, R. (coord.). 4a edição. Porto Alegre: Bookman, 2006.