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O Pleistoceno é uma época geológica que ocorreu aproximadamente entre 2,6 milhões e 11,7 mil anos atrás. Durante esse período, a Terra  passou por várias glaciações, também conhecidas como eras do gelo. Essas glaciações foram caracterizadas por períodos de resfriamento global, nos quais grandes extensões de terra foram cobertas por espessas camadas de gelo, afetando tanto o hemisfério norte quanto o hemisfério sul. 

Uma das glaciações mais conhecidas do Pleistoceno foi a Glaciação de Wisconsin, no hemisfério norte. Durante esse período, uma imensa camada de gelo se formou no que hoje são a América do Norte e a Europa, estendendo-se por vastas áreas. A cobertura de gelo atingiu seu máximo cerca de 21.000 anos atrás, quando as geleiras chegaram a se estender até o norte dos Estados Unidos e cobriram quase toda a Escandinávia. 

As consequências das glaciações do Pleistoceno foram significativas. Em primeiro lugar, a expansão das geleiras alterou a paisagem de maneira dramática. Montanhas foram esculpidas, vales foram formados e rios foram desviados de seus cursos originais. A erosão glacial foi responsável pela criação de muitos dos lagos e fiordes que existem atualmente. 

Além disso, as glaciações tiveram um impacto direto sobre o nível do mar. Com a formação de grandes massas de gelo nas regiões polares e nas montanhas, uma quantidade significativa de água foi retirada dos oceanos, levando a uma diminuição no nível do mar. Durante os períodos de máxima extensão das geleiras, o nível do mar chegou a ser cerca de 130 metros mais baixo do que é hoje. Isso expôs grandes áreas de plataforma continental, o que permitiu a formação de pontes de terra que conectaram continentes antes isolados, como a ligação entre a Ásia e a América do Norte pelo estreito de Bering. 

O clima também foi fortemente afetado pelas glaciações. À medida que as massas de gelo se expandiam, os ventos frios e secos sopravam a partir das regiões cobertas de gelo, diminuindo as temperaturas em todo o planeta. Isso resultou em mudanças na vegetação e nos habitats das espécies. Florestas deram lugar a estepes e tundras, e animais adaptados a climas frios e secos, como mamutes e rinocerontes lanudos, prosperaram. 

Nos períodos interglaciais, quando as geleiras recuavam e as temperaturas aumentavam, houve uma recuperação dos ecossistemas e uma migração de espécies de volta para áreas anteriormente cobertas de gelo. A biodiversidade se expandia, e animais como bisões, alces e veados começaram a dominar as paisagens.  

É importante ressaltar que as glaciações do Pleistoceno não foram eventos únicos e isolados. Houve múltiplas glaciações ao longo do período, com períodos mais frios e mais quentes alternando-se repetidamente. 

 

Como referenciar este conteúdo:  

SILVA, Carolina Nunes da. Glaciações do Pleistoceno. Jovem Explorador, 14 ago. 2023. Disponível em: blog_glaciacoes-pleistoceno>. 

 

 

 

Fontes consultadas:   

PRESS, F.; GROTZINGER, J.; SIEVER, R.; JORDAN, T. H. Para Entender a Terra. Tradução: MENEGAT, R. (coord.). 4a edição. Porto Alegre: Bookman, 2006.  

TEIXEIRA, Wilson et al. (Orgs.) Decifrando a Terra. 2º ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.