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Imagem do satélite GOES-14 no canal do vapor d'água, mostando a estrutura horizontal de um ciclone extratropical atuando sobre a Região Sul brasileira. O canal de vapor d'água dos satélites realçam exatamente as regiões onde há vapor d'água nos níveis médios e altos da troposfera. Quanto mais clara a região, mais vapor d'água. Quanto mais escura, maior a ausência de umidade.

Os ciclones extratropicais são fenômenos de escala sinótica, ou seja, com dimensões horizontais que ultrapassam 2.000 km. Dessa forma, esses ciclones são maiores que os ciclones tropicais, que são os furacões. O nome dos ciclones referem-se à região de formação de cada ciclone. Assim, um ciclone extratropical ocorre em regiões afastadas dos trópicos. Nas regiões que percorrem durante seu ciclo de vida causam chuvas e ventos fortes. Quando observados através de satélites, muitas vezes parecem espirais. Nestes sistemas, o vento tem movimento circular mas com ligeiro desvio em direção ao centro de baixa pressão, que é o centro do ciclone. No Hemisfério Sul, os ciclones apresentam giro horário (no mesmo sentido dos ponteiros dos relógios). No Hemisfério Norte, giram no sentido anti-horário. Além disso, os ciclones extratropicais são bastante previsíveis e possuem longo período de vida, podendo persistir por vários dias. Mesmo sendo maiores e mais duradouros que os furacões, estes ciclones causam menos destruição por onde passam, pois seu centro de baixa pressão é menos intenso do que em furacões. Logo, os ventos associados também são mais fracos. Durante o ciclo de vida dos cilcones extratropicais, desenvolvem-se as famosas frentes frias, que são zonas de transição entre duas massas de ar com diferentes densidades e temperaturas. O ciclo de vida de um cilcone extratropical inclui o seu início, justamente numa região de contraste entre uma massa de ar fria e outra mais quente, sua intensificação, maturação e dissipação.